Foi nesta temporada que aperfeiçoamos o nosso emblema até chegarmos ao actual, que aqui se reproduz.
A 19 de Junho de 2007, no final do jogo (6-2 frente aos J04), os campeões posaram para a posteridade.
GAIA UNITED FC - CAMPEÃO DA MINI-LIGA 2006/2007
VENI, VIDI, VICI
CHEGAR, VER E VENCER
Conforme prometido, aqui segue o post sobre a nossa caminhada imparável até ao ceptro de Campeões da Mini-Liga 2006/2007.
Quando recebi o telefonema do João (estava eu de férias no Algarve, em Agosto de 2006) a informar-me que tínhamos sido aceite na Mini-Liga da próxima época, fiquei muito feliz. Como é óbvio, face aos resultados da época anterior, nunca pensei, sinceramente, erguer o troféu de Campeões. Claro que havia sempre aquele sonho, quanto mais não seja o facto de imaginarmos como seria ganharmos um título destes, mas não mais do que isso, pois as estatísticas da época anterior não eram as mais famosas: 9 vitórias, 3 empates e 17 derrotas. Estes números, de facto, não nos permitiam sonhar com um título de Campeão.
Contudo, também era verdade que na Liga Longa Vida (apesar do 3º Lugar) tínhamo-nos batido de igual para igual com excelentes equipas como Esbungas e Tigres. Chegamos mesmo a vencer fora os Esbungas e a empatar fora com Os Tigres, embora em casa tenhamos perdido esses jogos. Contudo, a verdade é uma: se tivéssemos ganho o jogo em casa aos Tigres, passávamos nós a ser os grandes candidatos à vitória final na Longa Vida, já que apenas dependíamos nós para sermos campeões, tendo que receber os Cabasada e Arsenal Oliveirense, apenas necessitando, no último jogo, de um empate com os Esbungas. Contudo, essa derrota por 1-2 com a equipa do Guedes deitou-nos abaixo e acabamos por perder todos os jogos até final do Campeonato, quedando-nos pela 3ª posição. Embora, diga-se, tenhamos sido a melhor defesa, se não estou em erro.
Em finais de Agosto, no início da época 2006/2007, Diguinho, o seu irmão Miguel e eu começamos a fazer uma espécie de "pré-época" num ringue aqui em Gaia. Éramos apenas 3, mas deu para começar a jogar, ganhar ritmo, treinar uns remates, falar da época que se avizinhava, da Mini-Liga, das equipas adversárias, entre outras coisas. Até deu para fazermos um amigável fora com os Porto Nobre, o qual perdemos por 5-1, mas em que apenas levávamos 4 jogadores da nossa equipa.
Esperávamos pela chegada do Ruca, Nelo e Pedro, que estavam a passar férias no Algarve, de modo a darmos início à preparação da nova época. Lembro-me de, em conversa com o meu primo Diguinho, lhe ter dito que este ano a equipa tinha de perder o hábito de perder. Tínhamos perdido jogos a mais na época anterior, o que já fazia com que a equipa não se ressentisse após mais uma derrota. Decidimos que isso teria que mudar! Tínhamos qualidade para mais e, por isso, havia que lutar pelas vitórias! Quando estes chegaram, foi a vez de recebermos os Cutuduchu United e vencermos por 13-2. Logo depois, jogamos o JuveCup Relâmpago, o qual ficamos em 3º lugar, perdendo com o InterDesportivo por 1-2 e ganhando à Juventude Unida por 3-1, no jogo de atribuição do 3º e 4ºs lugares.
E foi neste espírito que entramos na época 2006/2007 a sério. Com a chegada de todos os elementos, começamos a treinar no duro no Gaia e no Liceu de Gaia, cerca de uma ou duas semanas antes do jogo que abriu a Mini-Liga: um AS4H - Gaia United , que se veio a revelar decisivo para as contas finais do Campeonato.
A verdade é que entramos nesse jogo com uma raça do outro mundo. Algo desorganizados, é certo. Mal preparados física e tacticamente, também é certo. Mas muito motivados e com a garra que hoje caracteriza a nossa equipa e que, a espaços, foi vista na época passada [em jogos com Esbungas (fora) e Tigres (fora e casa)]. É verdade que, nesse jogo, contamos com uma exibição gigante do Paulo. Mas, do outro lado, também o Kako fez excelentes defesas. Mas não me custa admitir que, nesse jogo, os AS4H foram mais fortes, mas nunca conseguiram criar oportunidades flagrantes de golo. Corremos que nem loucos (éramos apenas 6) nesse jogo e nunca demos uma bola como perdida. E, num corte fantástico, já perto do apito final, o Diguinho leva a bola até à grande área contrário e, num golpe de sorte e de mérito, atira para o fundo da baliza, após desvio num defensor dos AS4H. Esse golo iria, apesar de não o sabermos, catapultar-nos para uma época que está a ser, até agora, a todos os níveis fantástica.
No final desse jogo, no balneário, lembro-me perfeitamente que parecia um sonho. Tínhamos ganho aos AS4H, no jogo inaugural da Mini-Liga 2006/2007. Mal me continha para vir aqui para o fórum dar a notícia à comunidade do FFA, em geral e da Mini-Liga, em particular. Foi uma verdadeira surpresa essa jornada inaugural. Os estreantes Gaia United e Cabasada impunham-se, respectivamente, frente aos vice-campeões AS4H (e sem dúvida uma das melhores equipas da Zona Norte FFA) e ao Énois.
Os dados estavam, então, lançados para uma grande e disputada Mini-Liga 2006/2007.
Nas jornadas que se seguiram muitos esperavam para ver do que este Gaia United era capaz, depois da grande vitória frente aos AS4H. Contudo, tínhamos perdido o nosso grande Capitão Nelo, num jogo frente ao Énois (que não contou para efeitos de Ranking FFA), após uma terrível lesão no ombro, que se deslocou e teve que ser colocado de novo no sítio no Hospital Santos Silva em Gaia, pelo meu tio, no qual eu e ele (para se ver a falta de médicos nos hospitais) tivemos que colocar, à força, o ombro do Nelo no sítio. O Nelo, como se sabe, faz uma falta tremenda na nossa defesa, o que nos assustou, pois a paragem foi longa e jogamos alguns jogos sem ele, pois regressou apenas a 26 de Dezembro, num amigável frente ao Énois e ainda com o ombro ligado. Foram quase 2 meses lesionado. E na 2ª Jornada, o jogo seria, nada mais nada menos que contra os outros estreantes: os Cabasada. Nesse jogo, fizemos, quanto a mim, uma das melhores exibições desta época, com uma excelente exibição do Paulo, que apareceu aí com um grande defesa e como um jogador a ter em conta não só na baliza e na frente, mas também cá atrás, juntamente com o Pedro, que esta época se mostrava com uma grande disponibilidade física. Não demos quaisquer hipóteses à vecchia signora e goleamos por 1-6, em Alfena, com golos de Ruca (3x), Diguinho (2x) e Rodrigo.
Logo depois, torneio Gaiathynaikos Relâmpago no Liceu de Gaia. Com duas exibições muito consistentes ganhamos o troféu, mais uma vez batendo os Cabasada na Final do torneio, após termos derrotado so Moços de Economia por 2-1 (que viriam mais tarde a ser os RD Congo). Sentíamos que a equipa estava forte e motivada, havia que continuar neste rumo e não perder este ânimo.
No jogo seguinte, seria a vez de recebermos e batermos a Juventude Unida por 5-2, num jogo bastante disputado, mas em que fomos superiores e vencemos justamente, com golos do Ruca (3x) e Rodrigo (2x). O Ruca, com 6 golos em 3 jogos começava a assumir-se como o jogador sensação deste início de Campeonato, com fintas estonteantes e remates mortíferos com o seu pé esquerdo, atraindo cada vez mais os defesas para si e libertando espaços para os outros jogadores entrarem na área.
Logo de seguida, Taça da Mini-Liga, num jogo fora, frente aos J04, que vencemos por 3-4, passando aos 1/4 de Finais.
O Gaia United começava a atrair algumas atenções. “Até quando estes miúdos, em ano de estreia, iriam aguentar este ritmo e esta onda de vitórias”, era aquilo que muitos se perguntavam.
E a verdade é que, nos 3 jogos seguintes que fizemos, 3 vitórias. A primeira contra os Reforços, em S. Mamede, num jogo bastante díficil e complicado, resolvido com um golo solitário do nosso goleador Ruca, que aí se encontrava em grande forma.
O segundo jogo foi contra o Portus87, também em S. Mamede. Grande expectativa para este jogo. Campeão em título da Mini-Liga VS Líder da Mini-Liga. Quem sairia vencedor? Grande jogo, jogado nos limites, como poucas equipas conseguem fazer. Foi dos melhores jogos que já joguei. Neste jogo, voltamos a ter a estrelinha da sorte no nosso lado e vencemos por 0-1, com um golo meu. Foi sem dúvida um jogo fenomenal, em que qualquer equipa seria justa vencedora. Mas apenas pode ganhar uma e a sorte sorriu ao Gaia United. O Gaia United começava a mostrar-se, então, como uma equipa bastante capaz e coesa. Ganhar ao Portus teve bastante significado, pois é uma equipa com 20 anos de história, com uma raça impressionante e com um jogo colectivo tremendo, para além do impressionante historial no FFA que apresenta. Na Zona Norte são, sem dúvida, a equipa mais emblemática a nível de futsal amador.
A outra prova disso veio a seguir, no Amigos - Gaia United. Ou seja, o Gaia United iria jogar fora na 1ª Volta contra os 3 grandes candidatos ao título: Portus87, AS4H e Amigos. Já tinha vencido à equipa do Kako e do João. Como seria frente à equipa do Nuno?
Frente aos Amigos realizamos uma exibição fantástica a nível ofensivo, embora não tanto no que toca à defesa. Vencemos por 3-6 com dois golos meus, outros dois do Diguinho e um do Ruca. Vencer por 3-6 os Amigos (Campeões da Mini-Liga 2004/2005), no Brás-Oleiro, não é nada fácil. Por isso, após termos derrotado AS4H, Portus87 e Amigos nos seus terrenos, foram muitos aqueles (lembro-me por exemplo do Sá Pinto e do Esguelha) que disseram que nós éramos os principais candidatos ao título e que seria muito difícil tirarem-nos do 1º Lugar. Ainda era muito cedo para falarmos no título, após 6 jornadas disputadas (o Campeonato tem 18!), mas era verdade que estávamos muito fortes fisicamente e organizados a defender, embora no ataque ainda estivéssemos algo perros. Contudo, a equipa não estava deslumbrada e sabia que a Mini-Liga é um Campeonato muito equilibrado, com grandes equipas, que lutam sempre pela vitória em todos os jogos.
Como tínhamos um mês de intervalo até ao jogo seguinte da Mini-Liga, com o Énois05, optamos por realizar uns amigáveis. O primeiro, fora, empatamos 4-4 com o Énois05; o segundo, em casa, vencemos por 7-4 os Bola Na Trave, uma excelente equipa.
Contra o Énois, surge a nossa primeira derrota na Mini-Liga. Após um início fantástico de época, quebramos muito fisicamente. O Ruca estava com febre e apenas conseguiu actuar nos últimos 20m. A equipa, mal fisicamente e inexplicavelmente apática, entrou mal no jogo defensivo e não impediu as boas movimentações do Igor, Turko (Manuel), Maurício e Luís. O Énois bateu-nos justamente por 3 bolas a uma, sendo o Diguinho o autor do golo de honra. A equipa, fisicamente, estava de rastos. Havia que voltar a trabalhar no duro a parte física nos treinos. Foi isso que combinei com o Nelo após esta derrota, que nos deixou bastante em baixo animicamente.
Após este jogo, muitos (inclusive alguns de nós) pensaram que o fulgor inicial do Gaia United tinha chegado ao fim e iniciar-se-ia o declínio. E a ausência do Ruca no jogo com o Énois levou muito boa gente a reduzir-nos a uma equipa estilo Ruca e + 4 (à semelhança do Porto de Quinito com Gomes e + 10), o que, mais adiante na época, haveríamos de desmentir de forma categórica.
Como reagiria, então, o Gaia United após esta derrota que muitos prefiguravam como o princípio do fim? O Gaia United reagiu à sua imagem e semelhança: comgarra, querer e muita raça (com “pêlo na venta”, como diz o João). Batemos os Cabasada de forma inequívoca por 10-2, no GaiaUnitedArena, perante muito público da Mini-Liga e do FFA que viram, deste modo, que afinal o Gaia United estava de boa saúde e recomendava-se. Os golos foram apontados pelo Ruca (3x), pelo Diguinho (2x), por mim (2x), pelo Bezerra, pelo Pedro, pelo Nelo e pelo João Vítor, que largou a baliza por uns tempos e que ainda conseguiu fazer um golo, inscrevendo o seu nome no quadro de marcadores da Mini-Liga.
No jogo seguinte, seria a vez de nos deslocarmos à Choaemato para medir força com os últimos classificados. Mas, como mais tarde muita gente me admitiria, a forma do Gaia United jogar motiva os adversários. Todos se sentem motivados para jogar contra nós. E a Juventude Unida fez um grande jogo contra nós, principalmente a nível defensivo. Apenas fizemos os dois golos da vitória (0-2) na 2ª parte, por intermédio do Ruca e do Pedro, que se apresentava cada vez em melhor forma e muito importante, quer a atacar, quer a defender. Um grande jogo, a provar que os campeonatos se ganham também nestes jogos. E também a provar que na Mini-Liga não há equipas fáceis de bater. E a provar que o Gaia United respeita todas as equipas por igual, independentemente da sua qualidade no plano teórico.
Logo a seguir, jogaríamos aquele que foi, quanto a mim, o jogo mais emocionante da Mini-Liga 2006/2007 (a para com o Portus – Amigos). Recebemos o InterDesportivo e ao intervalo estávamos a perder, o que nos aconteceu pela 1ª vez, à excepção da nossa derrota frente ao Énois. Por isso, estávamos bastante apreensivos, ainda para mais porque o Inter estava a jogar muitíssimo bem.
Mas uma 2ª parte de grande nível deu-nos os 3 pontos, com dois golos do meu primo Diguinho, a coroar uma grande exibição da sua parte. Lembro-me que o golo da vitória foi marcado a passe meu, em cima dos 40m de jogo, sendo que os festejos foram impressionantes. Grande jogo de futebol, contra uma equipa com grandes jogadores como Justino (GR), André e Vitinha, entre outros. O Inter mostrou ser uma equipa muito difícil de bater, o que só valorizou ainda mais a nossa vitória, num jogo que gerou alguma polémica, mas que foi sem dúvida, dos jogos que mais me deram prazer de jogar no FFA, senão mesmo aquele que me deu mais prazer de jogar. Grande exibição do Ruca a pivot e do Pedro, na 2ª parte, após lesão grave do Nelo, que abandonou o jogo com os dois olhos inchados e ensanguentados. Muitas lesões houve neste jogo, como a lesão do nosso GR João Vítor (substituído pelo Paulo, que defendeu muito bem) e de um dos melhores jogadores da Mini-Liga: o Vitinha. Eram mais 3 pontos para o Gaia United e a certeza de que, a jogar assim, dificilmente alguém nos derrotaria.
Depois vieram os ¼ de Final da Mini-Liga, frente aos Reforços. Em grande forma vencemos por 2-7, na estreia do nosso miúdo Gonçalo. E que estreia! Com dois golos! Há muito que desejávamos um reforço para o nosso ataque. Contudo, não somos da opinião de trazer grandes jogadores, apenas porque efectivamente são grandes jogadores! Queremos que se preserve, acima de tudo, o espírito de equipa e a amizade. Por isso, não poderia ser qualquer um a entrar. Mas a vinda do Gonçalo, de facto, até devia ter acontecido há mais tempo. O Gonçalo é irmão do nosso GR João Vítor, é bastante rápido a executar, imprevisível no remate e bastante móvel na frente de ataque. Foi o reforço ideal para a nossa equipa, sem dúvida alguma!
Logo depois, jogamos um amigável, em casa, contra os gregos de Gaia: Gaiathynaikos. Vencemos por 5-3, naquele que foi um jogo que já se andava para disputar há muito tempo com a grande malta do Gaiathynaikos.
O jogo seguinte seria para a Mini-Liga, frente ao Portus87. Se o Portus perdesse saía da luta pelo título; se perdêssemos nós os AS4H ficariam logo colados a nós, a apenas um ponto.
Porém, nesse jogo, jogamos muitíssimo bem e batemos a grande equipa do Portus87 por 7-2, com golos de Gonçalo (3x); Ruca (2x), Nelo e Rodrigo. Foi um grande jogo de futsal, apesar dos 5 golos de diferença. Sem dúvida que jogamos muito bem e que merecemos justamente ganhar o jogo. Depois desta vitória, de facto, a equipa começou mesmo a acreditar que era possível ganhar a Mini-Liga. Julgo que foi depois desta vitória que o Campeonato da Mini-Liga passou, efectivamente, a ser um objectivo assumido por todos nós.
Até que tinha chegado a fase decisiva da época. Iríamos disputar 6 jogos em cerca de 12 dias, naquele que iria ser um esforço enorme para nós. O primeiro desses jogos foi as ½ Finais da Taça da Mini-Liga (atente-se ao facto de que jogamos todos os jogos fora, à excepção, claro está, do jogo da Final, que vai ser em campo neutro), frente à Anitex, acabadinha de eliminar o Portus desta competição. No Indoor FootSpace, não facilitamos e batemos a Anitex por 4-7, atingindo, pela primeira vez na nossa história, uma Final de competição verdadeiramente importante no âmbito FFA. Estávamos na Final da Taça da Mini-Liga, a disputar-se frente a uma grande equipa: os AS4H, 2ºs classificados do Campeonato da Mini-Liga, equipa brilhantemente dirigida pelo Kako e uma das equipas com mais história e vitórias no FFA.
Depois seguiu-se a Qualificação da Taça Nacional FFA 2007, para a qual tínhamos sido convidados pela 1ª vez. Tínhamos calhado num grupo bastante difícil, num dos “grupos da morte”, conforme muita gente foi dizendo no fórum. Os favoritíssimos Maria Bolacha (talvez a 3ª melhor equipa de Lisboa, depois dos Patrick e GDCB e que vencedores de uma edição da Taça Nacional FFA), o Balio FC (uma equipa com uma organização fantástica e a disputar a Liga Elite Zona Norte) e o FLX (comandados pelo Nuno Vitória e uma equipa cheia de raça e ambição). Esta qualificação disputou-se em Leça do Balio, organizada pelo Balio. O Gaia United provou ser uma equipa não apenas de 40m, mas também de jogos de 20m. Provamos também que não estávamos apenas formatados para jogar com as equipas nortenhas e da nossa Liga, mas que também conseguíamos explanar o nosso futebol frente a equipas desconhecidas para nós e com modos de jogar diferentes. Deixamos uma boa imagem da nossa Mini-Liga e vencemos, de forma categórica, os 3 jogos por 1-0, ficando em 1º Lugar do grupo, com 3 vitórias, 3 golos marcados e 0 golos sofridos.
Logo depois desta excelente campanha na Qualificação da Taça Nacional FFA 2007 teríamos que nos voltar a concentrar na Mini-Liga, o nosso principal objectivo. Era hora de juntar esforços e unir o plantel. O Campeonato ia entrar na fase verdadeiramente decisiva. Qualquer erro pagar-se-ia caro. O oponente eram os Amigos, que se deslocaram ao GaiaUnitedArena com uma grande vontade de derrotar o líder Gaia United. Confesso que na 1ª parte os Amigos foram mais dominadores e senhores do jogo. Contudo, na 2ª parte, apesar de desfalcados (ausências de vulto de Nelo e Gonçalo) e com uma lesão grave a meio do jogo do Ruca, fizemos uma exibição muito eficaz e consistente, onde mostramos a nossa raça e amor ao Clube. Vencemos por 5-3, não deixando margem para dúvidas. Os golos foram apontados por mim (2x), Diguinho (2x) e Ruca.
Logo depois, teríamos uma difícil deslocação à Choaemato, para defrontar a boa equipa do Inter Desportivo. Vencemos por 4-3, num jogo bastante renhido e com oportunidades para ambos os lados. Estivemos a vencer po 0-2, mas uma boa reacção do Inter fê-los empatar. Depois, apareceu o Gonçalo e o Paulo a fazerem o 2-4, embora o Inter ainda tenha conseguido reduzir para 3-4. Golos de Paulo (2x), Diguinho e Gonçalo. Fizemos um jogo muito eficaz. Sempre que aceleramos criamos problemas na equipa do Inter. Mostramos neste jogo ser uma equipa capaz de jogar grande futebol técnico na 1ª parte e saber sofrer na 2ª parte, pois o futebol não vive apenas de jogadas bonitas e enfeitadas, mas também de eficácia defensiva e força física.
Depois, a 26 de Maio, o maior acontecimento de futsal amador do ano: Taça Nacional Taça dos Campeões FFA 2007. Na rifa calhou-nos o Enois, única equipa que nos tinha vencido na Mini-Liga e que vinha na máxima força para Parceiros (incluindo o Rafa, vindo do Luxemburgo). O Enois trazia também uma grande e barulhenta claque. Porém, fomos nós que ganhamos. E por 3-1, invertendo o resultado do jogo da Mini-Liga. Dois golos de Gonçalo e um meu mostraram que estávamos em Leiria de boa saúde e que podíamos lutar por alguma coisa importante. No jogo seguinte seria a vez de defrontarmos os Amigos. Vencemos por 3-2, com golos de Nelo (2x) e Gonçalo. Estivemos a vencer por 3-0, mas os Amigos, como boa equipa que são, reagiram bem e ainda chegaram a assustar. Mas a vitória foi nossa e seguíamos para o pavilhão central, em Parceiros, para jogar a Final da Conferência (meias-finais) e disputar o acesso à Grande Final da Taça Nacional FFA 2007. Saiu-nos em sorte a grande equipa dos Maria Bolacha, que já tínhamos derrotado na Fase de Qualificação. Porém, os Maria Bolacha, desta vez, vinham com muitos jogadores. Venceram por 1-2. Ainda estivemos empatados com mais uma bomba fenomenal do Diguinho, mas os Maria Bolacha marcaram perto do final e foram eles a disputar a Final, que viriam a ganhar, frente aos nossos colegas de Mini-Liga AS4H. Diga-se que mostramos, neste jogo, que somso uma grande equipa. Batemo-nos de igual para igual com os Maria Bolacha, que são, sem dúvida, a melhor equipa contra quem o Gaia United jogou. Mereceram a vitória, mas o Gaia United também poderia ter ido para a Final. Saíamos de Leiria de cabeça erguida e debaixo de aplausos s de todos os presentes e com o prémio de Melhor GR, entregue ao grande João Vítor.
Regressados ao Norte, estávamos a 3 vitórias do título.
Primeiro era necessário ir vencer a S. Mamede, frente aos J04. Uma exibição segura e eficaz deu-nos uma vitória por 0-3, com golos de Diguinho, Rodrigo e Gonçalo. Não demos quaisquer hipóteses e sentimos que o título estava ali mesmo ao virar da esquina.
Os dois jogos seguintes eram no GaiaUnitedArena, onde contávamos por vitórias todos os jogos realizados. Recebemos o Énois e vencemos por uns claros 4-1, com golos de Diguinho (2x), Nelo e Nuno. Senti que este jogo nos iria catapultar para o título. O Enois é uma equipa bastante perigosa e, embora esteja abaixo dos J04 na tabela classificativa, são mais coesos como equipa e bastante mais perigosos no jogo ofensivo, apesar de não terem tanta capacidade técnica como os J04. Para além disso, tinha sido com eles a nossa única derrota no Campeonato. Por isso, entramos no jogo concentrados e, bem à nossa imagem, resolvemos o jogo na 1ª parte, para na 2ª gerir o esforço dos jogadores e defender o resultado.
Chegava, então, o grande dia! Se ganhássemos sagrar-nos-íamos Campeões da Mini-Liga 2006/2007. O jogo era contra os J04, em nossa casa, no GaiaUnitedArena. Segue o relato desse jogo:
O jogo já se realizou.
Era o jogo do título para o Gaia United. Se ganhássemos garantíamos desde logo o título de Campeões da Mini-Liga 2006/2007. Um empate ou uma derrota levariam tudo para o último jogo, frente aos AS4H (2ºs), em nossa casa, em que um vitória ou mesmo um empate nos garantiriam o Campeonato.
Este era um jogo que aguardávamos com grande expectativa e nervosismo. Primeiro, porque, em caso de vitória, seria o 1º grande título para o Gaia United; segundo, porque este jogo andava para ser jogado há muito e vinha sendo adiado consecutivas vezes.
Para além disso, os J04 são uma equipa com jogadores com bastante talento e que sabem tratar bem a bola. Em termos colectivos ainda não são tão fortes, mas a nível individual têm jogadores muito bons, capazes de fazer a diferença no um para um.
Todo o trabalho de uma época, no nosso caso, decidir-se-ia neste jogo, frente aos J04. Tínhamos que dar tudo por tudo, correr como nunca antes tínhamos corrido e lutar com até à exaustão, de modo a trazer o Campeonato da Mini-Liga 2006/2007 para Vila Nova de Gaia.
Daí que fosse normal que o nervosismo tivesse sido uma constante do dia de hoje. A nossa grande campanha neste campeonato iria ser posta à prova hoje, pelas 22h, no GaiaUnitedArena. Era o jogo de todas as decisões.
Pelas 22h, no GaiaUnitedArena, as bancadas estavam bastante compostas. O Marco Coelho (Universidade FC) encarregue de fazer o filme do jogo a meu pedido (até se deslocou para a zona de imprensa do GaiaUnietdArena para melhor capturar os instantes do jogo) e o Sabão (também do Universidade FC), o Nuno dos Amigos, Mourão e Fábio dos Dragões, o Hélder dos RD Congo, João do Portus87, amigos nossos de infância e de agora (como o Sérgio, Filas, Filipa, Joana Pinto, Pika, Alix e o Daniel), entre outros (desculpem se me estou a esquecer de alguém). Depois estavam também alguns pais, mães, irmãos (Zé Paulo - irmão do nosso atleta Pedro), namoradas, irmãos das namoradas, amigos dos amigos, enfim... bastante público para assistir a este jogo decisivo da história do Gaia United. Este foi, sem dúvida, até hoje, o jogo mais importante do Gaia United no FFA e, consequentemente, na sua história.
Contudo, a nossa entrada foi fantástica, não dando a entender o nosso nervosismo. Foi mesmo uma entrada "à Gaia United ", com grande poder físico e trocas constantes no ataque, com uma pressão infernal nos adversários portadores da bola e com uma raça, uma vontade e um querer do tamanho do Mundo. Se os nervos existiam, pareceu que desapareceram no instante em que o Esguelha deu o apito inicial. A nossa equipa uniu-se e partiu para uma primeira parte estrondosa (ainda melhor que a 1ª parte frente ao Enois). Os primeiros 20m foram verdadeiro futebol de rua, com passes de primeira, tabelas, lançamentos em profundidade para o ataque, cortes no limite do esforço, raça, energia, velocidade, desmarcações constantes, pormenores técnicos fantásticos e agressividade física.
Com este início, foi com naturalidade que chegamos aos golos. O primeiro (antes dos 5m de jogo) surge, mais uma vez, de um remate de fora da área do nosso "bombardeiro" Diguinho. Recebe a bola no meio-campo adversário ligeiramente encostado para a esquerda, flecte rapidamente para o meio e chuta com força para o fundo das redes, fazendo a bola uma espécie de arco e chapéu por cima do GR dos J04. Com este golo, Diguinho aumentava para 16 golos a sua contagem pessoal.
Depois deste golo a equipa motivou-se ainda mais. Continuamos a jogar para a frente, sempre em progressão, nunca parando, semrpe rápidos a pôr a bola em jogo e a executar. E é aqui que começa a grande exibição do Gonçalo. Bola bombeada para a frente pelo nosso GR Paulo (o nosso habitual guardião João Vítor não estava disponível, devido a exames), Gonçalo pára no peito, roda sobre o defesa que o marcava e atira de pronto de pé esquerdo, a fulminar autenticamente a baliza adversária.
Logo de seguida, o Gonçalo volta a fazer das suas, em jogada bastante idêntica. Paulo volta a meter a bola no Gonçalo que dá duas passadas em direcção à baliza e volta a colocar a bola no fundo das redes, de novo de pé esquerdo, num remate potente e seco, de uma execução técnica dificílima, já que o pé esquerdo nem é o seu melhor pé. Também não é o mau, é o menos bom. De qualquer das formas, estava feito o 3-0, sendo que este 2º golo no jogo por parte do Gonçalo representa o seu 7º golo na lista dos melhores marcadores, o que, tendo em conta que apenas participou em 5 jogos, é de enaltecer.
Pouco depois passa o Ruca a jogar com o Gonçalo na frente (saída do Pedro - que está a jogar lesionado). Quando estes dois jogadores se encontram numa frente de ataque tudo pode acontecer. O Gonçalo estava a jogar fenomenalmente; importava, então, ver qual a condição física do Ruca (nosso melhor marcador), que desde o jogo com os Amigos e depois contra os J04 (fora) anda a tentar curar dois teimosos entorses.
Mas o Ruca surgiu em grande, como já não se via há bastante tempo. Rápido a executar e agressivo a sair dos dribles, foi fazendo a cabeça em água à defensiva contrária, enquanto o Gonçalo continuava a espalhar o seu futebol rápido e de grande nível.
E então, à sua imagem e semelhança, o Ruca recebe uma bola na direita, parte para uma jogada individual, após boa jogada de entendimento com o Diguinho e Nelo, tira dois adversários do caminho e remata forte para o poste mais próximo, sem qualquer hipótese para o GR contrário. Era o 4-0 e as coisas pareciam estar bem encaminhadas.
Logo depois, surgia o 5-0. Jogada do nosso Capitão Nelo pelo lado esquerdo, a levar tudo à frente, a encarnar a raça de um verdadeiro Capitão e, quando lhe surge o GR dos J04 pela frente, toca subtilmente para o Ruca que, de baliza aberta, fez o que lhe competia: atirou para o fundo das redes. Era o 2º golo do Ruca neste jogo e o seu 19º na Mini-Liga, ficando a par com o Pedro Nuno na lista dos melhores marcadores, se bem que apenas nos falte realizar apenas um jogo (frente aos AS4H), enquanto que os Amigos dispõem de mais 3. Para além disso, convém não esquecer nomes como Hernâni, Pedro, Daniel e mesmo o nosso Diguinho.
Depois do 5º golo, optamos por fazer algumas trocas na equipa: saídas de Gonçalo e Diguinho para as entradas de Rodrigo (eu) e Miguel. Com estas entradas não se perdeu o fulgor inicial e a prova disso mesmo é o aparecimento do 6º golo, numa jogada de locomotiva do Nelo, bem à sua imagem, levando a bola pelo corredor esquerdo em esforço e, quando lhe sugre o último defesa ao caminho toca para mim que, na zona do penalty, recebo a bola e atiro a contar para o fundo das redes, naquele que foi o meu 13º golo no Campeonato. Estava feito o 6º golo, a coroar uma 1ª parte de alto nível, do melhor que vi esta temporada na Mini-Liga e no FFA.
Mesmo antes do intervalo, os J04 reduzem para 6-1, num canto bem executado em que, ao 2º poste, o jogador dos J04 encostou para a nossa balzia, sem quaisquer culpas para nosso GR Paulo (que esta noite sofreu, curiosamente e infelizmente para nós - porque sofrer golos nunca é bom - os seus primeiros golos na baliza do Gaia United, o que é de referir já que ainda disputou alguns jogos em substituição do nosso habitual guardião João Vítor).
Ao intervalo, o 6-1 quase que nos garantia o título. Ainda ninguém nesta Mini-Liga nos tinha marcado 5 golos e não era logo agora, com toda a certeza, que nos ia fazer. Apenas tínhamos que gerir o jogo com inteligência e jogar para os nosso homens mais adiantados resolverem lá à frente, de modo a sustermos uma eventual reacção por parte dos J04.
Nesta 2ª parte começamos o jogo com o Paulo na baliza; Miguel e Nelo cá atrás e Ruca e Gonçalo na frente. Destaco aqui a juventude no nosso plantel, que praticamente jogou assim durante uns bons 10m. O Paulo tem 21 anos; o Miguel 17; o Nelo 21; o Ruca 22; o Gonçalo 16. Ora, num jogo desta importância para o Historial do Gaia United, jogarmos durante 10m com dois atletas ainda menores de idade é de valorizar. De facto, temos vindo a desenvolver um trabalho nos treinos que permite dispôrmos na mesma de segurança defensiva e pujança física, mesmo que joguemos com o Miguel e o Gonçalo, naturalmente mais fracos fisicamente. Destaco também a evolução do meu primo Miguel (do Gonçalo, a nível técnico é dos melhores jogadores que temos e por isso a sua evolução não se nota tanto, pois não somos nós a ensiná-lo, mas sim as camadas jovens do Boavista). O Miguel - irmão do Diguinho - tem vindo a esforçar-se imenso nos treinos e está a tornar-se num defesa de grande nível: forte no choque, rápido e incisivo a cortar e seguro a sair para o ataque. Tudo qualidades que, curiosamente, o seu irmão mais velho Diguinho evidencia. Por isso, julgo que estamos de parabéns por pôrmos dois menores a jogar a este nível, frente a adversários mais velhos e, naturalmente, com maior poder físico. Assim se faz o futuro do Gaia United.
Na 2ª parte os J04 entraram com uma atitude diferente, mas apenas conseguiram marcar um golo, de peonalty. O Diguinho, Miguel, Nelo e Pedro iam controlando cá atrás as operações, enquanto que o Ruca, Gonçalo e eu íamos investindo no ataque. Os J04 tiveram mais posse de bola na 2ª parte e ainda tiveram direito a 2 livres de 10 metros, a castigar as nossas 6ª e 7ª faltas. Uma dessas faltas foi brilhantemente defendida pelo Paulo, que mostrou mais uma vez que é importante na nossa equipa na baliza, na defesa, no ataque, no balneário, enfim, no grupo.
Daí até ao final fomos gerindo o jogo, esperando ansiosamente pelo apito do árbitro. Contudo, mesmo a acabar, um lance entre o Ruca e um jogador contrário ia estragando a nossa festa do título. Não estragou, mas manchou. O Ruca recebe uma bola na linha direita (junto ao banco dos J04), parte para cima do seu adversário, faz-lhe um drible fantástico, já tinha passado por ele, ia para a baliza, quando esse mesmo adversário decide autenticamente ceifá-lo por trás, com uma gesto técnico digno de karaté, que atira o Ruca, violentamente, para o chão. O Ruca reagiu de pronto (é dos jogadores que mais tem sofrido faltas na Mini-Liga, algumas delas bastante marcadas nas pernas e nunca se veio aqui queixar), embora frise-se que não agrediu o referido jogador dos J04. O banco dos J04 reagiu também de pronto, nós também. Os jogadores acalmaram-se uns aos outros, estava tudo a serenar, quando um responsável dos J04 tem a típica atitude de abandonar o pavilhão e ir para os balneários, sendo seguido por alguns elementos da sua equipa, por outros não. Essa atitude, desnecessária, quanto a mim (já vivi no FFA momentos incomparavelmente mais tensos que estes e nunca abandonamos nenhum jogo), ficou mal vista e exaltou os ânimos. Entretanto, o jogador dos J04 foi expulso, bem como o Ruca (injusto quanto a mim já que foi autenticamente ceifado por trás, qualquer pessoa reagia a uma entrada daquelas (repito que não agrediu), com a nítida intenção de lesionar o adversário, visto que o Ruca já tinha, há muito, passado pelo jogador. É o único reparo que faço à arbitragem do Esguelha e do Chita, que de resto foi das melhores que já vi na Mini-Liga, principalmente o Esguelha que tinha o cuidado de explicar o porquê das suas decisões aos jogadores). Mas os jogadores dos J04 lá voltaram para cumprir os últimos segundos de jogo que restavam e a partida terminou.
Quando o jogo terminou seguiram-se os abraços entre a nossa equipa e o cântico de CAMPEÕES ALLEZ, CAMPEÕES ALLEZ, CAMPEÕES ALLEZ, CAMPEÕES ALLEZ !!! Estávamos de parabéns! Conseguimos ganhar 16 jogos dos 17 que disputamos, o que prova a nossa sensacional prestação nesta Mini-Liga 2006/2007.
O João Vítor, o nosso super-guardião, não se pôde deslocar ao GaiaUnitedArena, mas aquele abraço que demos no final incluía-o a ele.
Logo depois vieram os parabéns: primeiro do João do Portus87 (que fez pessoalmente questão de, como ele próprio disse, "fazer a entrega do testemunho", visto que o Gaia United sucede, assim, ao Portus87 como Campeão da Mini-Liga. Um muito obrigado ao João, quer pelos magníficos jogos que nos proporcionou, quer pela sua prontidão e correcção na resolução dos problemas relacionados com calendários, polémicas, adiamentos, arbitragens, etc.), depois parabéns de muitas outras pessoas que lá estavam no GaiaUnitedArena.
O nosso trabalho deu finalmente frutos. Sem dúvida que foi uma prova dífícilima, que exigiu de todos nós o máximo de sacrifício e de treino. Mas no final tudo isso compensou.
Sagramo-nos CAMPEÕES DA MINI-LIGA 2006/2007 !!! Sempre com a mesma equipa (excepto a entrada do Gonçalo), sempre com o mesmo sonho e a mesma vontade de erguer este troféu de 1ºs Classificados !!!
Ainda me parece que estamos a viver um sonho. Na época passada contamos 9 vitórias, 3 empates e 17 derrotas. Esta época vamos com o impressionante número de 29 vitórias, 1 empate e 4 derrotas. Esta é a prova de que uma equipa não se faz de uma dia para o outro, requer tempo e trabalho, bem como ambição, união e esprítio de sacrifício em prol do Clube.
Por tudo isto só posso dizer que me sinto orgulhoso por pertencer a este grande Clube: o Gaia United . Mas, mais que isso, sinto-me feliz por fazer parte deste grupo de amigos que, tenho a certeza, nunca mais hei-de apagar das minhas memórias e do meu coração.
A todos eles, o meu sincero OBRIGADO.
Rodrigo de Almada Martins
Montagem de José Sousa (Porto Nobre)
Uma exibição fantástica (como se pode ver no relato acima, feito pouco depois do jogo) na 1ª parte fez com que marcássemos 6 golos e sofrêssemos 1. O campeonato estava, assim, praticamente ganho ao intervalo, pois ninguém nos marcou 5 golos esta época e não seria neste último jogo, no qual queríamos tanto vencer, que isso iria acontecer. Vencemos de forma categórica e mostramos que somos uma grande equipa. Sem termos “artistas da bola” que fintam, fintam e fintam… temos jogadores com um pulmão incrível, com uma raça tremenda e com uma vontade enorme de vencer. Foi isso que noo fez vencer este jogo e a Mini-Liga !!! Golos de Gonçalo (2x), Ruca (2x), Diguinho e Rodrigo estabeleceram o resultado final em 6-2 a nosso favor. Éramos finalmente os Campeões! Num Campeonato muito competitivo e, sem dúvida, com as equipas mais fortes do FFA.
De facto, vencer a Mini-Liga não é tarefa pequena. Equipas como Portus e AS4H são autênticos crónicos vencedores de tudo em que participam. E nós, Gaia United, em ano de estreia, vencer esta mítica prova do FFA demonstra o nosso grande trabalho. Para além disso, equipas como Inter Desportivo, Énois, J04, Reforços, Cabasada, Juventude Unida e Amigos têm jogadores de grande qualidade, com bastante técnica. Todas as equipas desejam muito vencer os jogos.
Penso que o nosso título assenta em diversos factores:
1) penso que ninguém, efectivamente, quis mais que nós este título. Todas as pessoas são unânimes em dizer que jogamos com uma raça incrível. De facto, o objectivo Mini-Liga foi encarado de forma quase obsessiva e lutamos sempre para atingirmos esse objectivo;
2) não vi nenhuma equipa na Mini-Liga a correr mais que nós. A nossa vontade de vencer foi enorme do início ao fim. Nunca vi nenhuma equipa do Campeonato a recuperar no terreno como nós;
3) forma física. A par dos AS4H e do Portus, penso que fomos a melhor equipa em termos físicos, quer a nível de disputas de bola no um-para-um, quer a nível de resistência e manutenção do mesmo ritmo durante os 40m;
4) fomos, sem dúvida, a melhor defesa (se bem que so AS4H ainda possam ganhar esse título). Julgo que tenho na minha equipa os dois melhores defesas da Mini-Liga: Diguinho e Nelo. São dois verdadeiros tractores, que nunca param de correr e que aguentam quase sempre os 40m sem serem substituídos. Jogam a um nível muito intenso. Raramente os vi serem ultrapassados por alguém. Na marcação são, sem dúvida fantásticos. Para além disso, a nível de transição defesa-ataque, o Diguinho é para mim o melhor jogador da Mini-Liga Sabe como cortar uma bola e fazê-la chegar rapidamente ao ataque, onde conclui bem ou assiste para os colegas. É para mim o melhor rematador de fora da área. Ninguém marcou mais golos que ele de longa distância (e foram muitíssimos, quer em bola corrida, quer na marcação de faltas ou livres de 10m). O Nelo, por sua vez, é o melhor na marcação: quando decide que vai roubar uma bola ao adversário rouba. Nunca deixa um atacante virar-se e deve ser, quase de certeza, o jogador com mais assistências na Mini-Liga. Para além disso, o Diguinho e o Nelo complementam-se muito bem, fazendo uma dupla fantástica;
5) diversidade de soluções: quando não resolvíamos de uma maneira, resolvíamos de outra. Umas vezes era o Ruca a marcar, em belas jogadas individuais nos últimos metros do terreno. Outras vezes resolvíamos á bomba, através do Diguinho. Outras vezes era o Nelo que aparecia a decidir, ou o Pedro, ou o Paulo. Outras vezes era eu que, dentro da área, atirava para o fundo das redes. Marcamos golos através de cantos, de livres, de contra-ataques, de jogadas de insistência, de roubos de bola em zonas adiantadas do terreno. O nosso jogo consistiu numa diversidade de soluções;
6) contratação do Gonçalo para a fase final da Mini-Liga. O Gonçalo, irmão do João Vítor, já treinava connosco há muito, mas nunca tinha sido convidado definitivamente a integrar o nosso plantel. Quando o fez, marcou 7 golos em 5 jogos, o que mostra que pode ser um bom jogador para fazer parelha no ataque com o Ruca;
7) o nosso início de jogo, nomeadamente através do Ruca. O Ruca marcou imensos golos nos primeiros 5m de jogo, o que nos fazia entrar no jogo a ganhar e a jogar em contra-ataque, como tanto gostamos. O Ruca fez um campeonato incrível e é pena que uma arreliadora lesão lhe possa tirar o título de melhor marcador (nã desmerecendo os outros candidatos), pois jogou quase os últimos jogos com os dois tornozelos inchadíssimos, para além dos jogos em que ficou de fora. Foi o jogador mais desiquilibrador e que rematou com mais eficácia. Deve ser, a par do Vitinha, o jogador da Mini-Liga mais rápido a fintar e a acelerar para a baliza, para além de ter um remate bastante colocado e tenso. Foi, para mim, o jogador mais espectacular deste Campeonato;
8) a nossa juventude, representada por Miguel e Gonçalo, mostrou que pode fazer coisas bonitas pelo Clube. Sentem o Clube como os outros e torceram sempre por nós. Foram importantes em toda a campanha do Clube, pois mostraram-se sempre disponíveis para ajudar, apesar da diferença de idades que é sempre complicada de ultrapassar;
9) a nossa eficácia. Apesar de termos jogadores com bastante técnica, como o Gonçalo e Ruca, não optamos por adornar os lances e fintar ou jogar sem objectividade. O nosso jogo tem como único alvo a baliza e as redes adversárias. É sempre jogado em progressão e só quando temos que gerir o jogo é que optamos pró segurar a bola. Daí eu dizer que não somos uma equipa de artistas, mas de jogadores que suam a camisola até ao último minuto. Estamos sempre com a baliza em mira, apesar de sabermos trocar bem a bola cá atrás;
10) os nossos GR João Vítor e Paulo. São para mim os melhores, como é óbvio, não desmerecendo todos os outros. Fizeram defesas fantásticas em todos os jogos e é também devido a eles que sofremos tão poucos golos. São verdadeiros guardiões da baliza;
11) o nosso espírito de equipa. Durante a época, em cafézadas e noitadas só falávamos da Mini-Liga e da melhor forma de vencer os jogos. Todos nos conhecemos desde miúdos e temos um espírito de grupo enorme, que se manifesta na união nos jogos e na forma como festejamos os golos, de uma forma verdadeiramente arrepiante. A amizade foi muito importante na conquista deste título, sem sombra de dúvidas.
Penso que, por tudo isto e por muitas outras razões, estamos de parabéns. Defrontamos grandes equipas e não posso deixar de mandar uma palavra de apreço e obrigado a todas elas, em especial aos AS4H e ao seu responsável Kako, que foram uma equipa que nos complicou sempre a vida e que nunca descolaram, fazendo com que o nosso título fosse bastante suado e renhido. Foi uma temporada fantástica (total de jogos: 29 vitórias, 1 empate, 4 derrotas; em jogos oficiais 26 vitórias, 3 derrotas), tendo ainda oportunidade de juntar ao Campeonato a Taça da Mini-Liga, a disputar-se dentro de pouco tempo frente aos AS4H.
Sem dúvida que a Época 2006/2007 foi uma página de sonho na ainda curta História do Gaia United.
Mas como uma vez disse o Mourinho: “Inesquecível !!! Mas que ninguém me diga irrepetível !!!”
Montagem de Guilherme Condeixa (FLX)
VIVA O GAIA UNITED !!!
Estatísticas 2006/2007
Melhores Marcadores
Ruca - 34 golos (7 em jogos amigáveis; 27 em jogos oficiais);
Diguinho - 25 golos (5 em jogos amigáveis; 20 em jogos oficiais);
Rodrigo - 25 golos (6 em jogos amigáveis; 19 em jogos oficiais);
Gonçalo - 14 golos (14 em jogos oficiais);
Nelo - 11 golos (4 em jogos amigáveis; 7 em jogos oficiais);
Pedro Almeida - 6 golos (2 em jogos amigáveis; 4 em jogos oficiais);
Paulo - 5 golos (2 em jogos amigáveis; 3 em jogos oficiais);
Nuno – 2 golos (2 em jogos oficiais);
Bezerra – 2 golos (2 em jogos oficiais);
João Vítor – 2 golos (1 em jogos amigáveis; 1 em jogos oficiais);
Sérgio – 2 golos (2 em jogos amigáveis);
Rui Ferreira – 1 golo (1 em jogos oficiais).
Melhor marcador total: Ruca (34 golos)
Melhor marcador em jogos amigáveis: Ruca (7 golos)
Melhor marcador em jogos oficiais: Ruca (27 golos)
Total de jogos disputados: 36 jogos (5 jogos amigáveis; 31 jogos oficiais)
Vitórias: 29
Empates: 1
Derrotas: 6
Nº de equipas que defrontamos: 18
Equipas que defrontamos: Porto Nobre; Cutuduchu United; AS4H (3x); Inter Desportivo (3x); Juventude Unida (3x); Cabasada (3x); Moços de Economia; J04 (3x); Reforços D’Inverno (3x); Portus87 (2x); Amigos FC (3x); Bola Na Trave; Énois05 (4x); Gaiathynaikos; Anitex; Maria Bolacha FC (2x); FLX; Balio FC.
Equipas da Zona Norte: 15
Equipas da Zona Sul: 2 Total de golos marcados: 129 golos (29 em jogos amigáveis; 99 em jogos oficiais)
Goal-average (total): +65
Média de golos marcados em jogos amigáveis: 5,8 p/ jogo
Rodrigo de Almada Martins
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