quinta-feira, outubro 02, 2008

3º Amigável: Palankas 5 x 6 Gaia United

Jogo enorme na Teixeira Lopes, há bocadinho.

Duas equipas que lutaram sempre pela vitória, com todas as suas forças, empregando toda a sua disponibilidade física. O Gaia United foi mais feliz e, por isso, trouxe a vitória para casa. Mas podia ter sido diferente. Aplausos para as duas equipas e para o fair-play que se foi manifestando no decorrer do jogo, não obstante uma ou outra entrada mais fora de tempo, que não impediu que os jogadores se respeitassem mutuamente e que se cumprimentassem todos no final, cientes do grande espectáculo que proporcionaram.

Começou melhor o Gaia United, após uma intensa pressão dos Palankas (com 3 ou 4 remates perigosos - esta equipa não pede licença para rematar), fazendo golo (própria baliza). Contra ataque, a bola sobre para mim, conduzo-a até perto da baliza adversária, toco para o JP, que traingula para Ruca encostar á boca da baliza, mas antes disso aparece um jogador dos Palankas que, com algum azar, empurra para a sua própria baliza. 0-1 para nós.

Os Palankas empatam pouco depois. E logo a seguir fazem o 2-1. Depois, sofremos um período de enorme sufoco, com Né a opôr-se da melhor maneira às investidas dos Palankas (note-se que não levamos GR de raiz). Né fez uma exibição fantástica, o melhor homem em campo, sem dúvida. Sofreu 5 golos, porque era mesmo impossível fazer melhor. Enorme exibição mesmo... defendia com os pés, cortava cruzamentos com os punhos, defendia ressaltos, sacudia as bolas da sua zona. Enfim... temos guarda-redes!

O 2-2 surge logo a seguir por intermédio de Nuninho. Jogada magistral de Vitor Santos, que vai da esquerda para a direita e cruza ao 2º poste, onde aparece Nuninho, vitorioso, a emendar para a baliza.

O 2-3 aparece numa jogada em raça de JP, que vai sempre em cima do portador da bola, consegue ganhá-la e, logo a seguir, empurra para a baliza.

Pouco depois, o 2-4. Livre para Ruca à entrada da área e o pontapé sai tenso, rasteiro, à queima-roupa, só parando no fundo das redes.

Os Palankas reduzem para 3-4 numa bela jogada de triangulações, com um remate cruzado e bem medido.

Mas o Gaia United adianta-se para 3-5 por intermédio de Diguinho. A bola sobra para ele na nossa defensiva e inicia uma cavalgada impressionante, arrastando toda a equipa dos Palankas atrás de si, que só parou na pequena área da equipa da casa, com um remate bem defendido pelo GR, depois surge a confusão com mais um jogador do Gaia United lá no meio e Diguinho, em esforço, finaliza da melhor maneira.

Os Palankas voltam a reduzir para 4-5.

E logo de seguida, bola bombeada para Ruca, mata a bola no peito, combina com Vítor Santos e este, com alguma insistência, consegue ganhar a dianteira do lance e assina o 4-6.

Daí até ao final, deu Palankas e alguns contra-ataques por parte do Gaia United. Mas os Palankas encostaram-nos atrás e conseguiram reduzir para 5-6. E, mesmo a soar o gongo, ainda introduzem a bola na baliza numa jogada ao 2º poste, o que faria o 6-6. A reacção dos jogadores do banco do Gaia United e dos que ali estavam foi imediatamente reclamar mão do jogador que tinha introduzido a bola na baliza. Alguma discussão, algum alarido, o jogador a dizer que não, os do Gaia United a dizer que sim, mas os Palankas também admitiam que a jogada era duvidosa e marcou-se falta, devido principalmente à intervenção do Salvador.

Resumindo e concluindo, treino excelente para ambas as equipas. Palankas, já com um futsal rápido e agressivo, com remates fulminantes, ritmo de jogo intenso e sem pausas, a não deixar respirar a nossa equipa. Né foi uma verdadeira parede, quanto a mim. Os Palankas, com Salvador ao leme, têm infinitas possibilidades de crescerem e se desenvolverem como equipa, pois os seus jogadores têm muita qualidade e a margem de progressão é enorme. Há jogadores ali com bastante qualidade, mas claro que tenho que destacar o Tito, autêntico quebra-cabeças e, quanto a mim, o melhor jogador que vi no FFA. Pode não fazer fintas espectaculares nem fintar equipas inteiras, mas aquelas tabelas e aquela velocidade são sempre meio golo. Quem o tem numa equipa arrisca-se a ganhar todos os jogos. Os Palankas são daquelas equipas que, quando as trocas funcionarem, podem-se tornar das mais temíveis, senão mesmo a mais temível aqui na Zona Norte FFA.

Mas não seria justo não referir aqui a excelenete exibição da minha equipa. Substituições bem feitas, trocas de bola rápida, transição para o contra-ataque feita de forma imaculada, jogadores a abrir rápido nas alas, triangulações a sairem na perfeição e, acima de tudo, muita atenção no processo defensivo (destaque aqui para a enorme exibição de Diguinho, a varrer tudo o que havia para varrer) e uma disponibilidade física imensa. Uma equipa cheia de alma e vontade de correr e de ganhar, fazendo das tripas coração, pois contra equipas como a dos Palankas, de facto mais superior que a nossa, só este espírito seria capaz de nos fazer ganhar o jogo.
Destaco as duas portentosas exibições dos reforços Vítor Santos e JP e ainda a do nosso caloiro Miguel, que, com 18 anos, disputa cada bola como se tivesse 30.

Um abraço a toda a equipa dos Palankas, em especial ao seu treinador Salvador (que vai fazer um grande trabalho com esta equipa, nota-se) e ao Hugo. Obrigado por nos receberem desta forma e parabéns pelos equipamentos.


Jogaram pelo Gaia United: Né, Diguinho, Nuno Tiago, Miguel, JP, Vítor Santos, Ruca, Rodrigo, Nuninho.
Marcaram pelo Gaia United: própria baliza, Nuninho, JP, Ruca, Diguinho, Vítor Santos


Rodrigo de Almada Martins

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